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Vamos viajar por esse rio São Francisco.  Rio que é gente – Velho Xico.  Ele é ancestral.  Ele nina e apóia em seus berços ‘Oxum’, ‘Mãe d’água’, ‘Nego d’água’, ‘Os Incantados’ de todas as raças.  As águas ninam e alimentam o povo.  Carrega a esperança do peixe.  Ele não tem dono, ele é dele próprio e assim de todos. Seu Francisco é franco e as vezes bravo. Carrega o povo para os ‘retiros’ e depois os recebe de volta.  Ele demonstra seu cansaço. Desgaste que vai se aumentando.  Ser pai cansa e além dos filhos que geram outros, novas famílias querem sua proteção. Novas gerações.  Pra quem irá os reclames de um pai cansado?  Para as mães cansadas?  Quem é o apoio desse pai que já trabalhou tanto por seus filhos seculares? Filhos estes que não são 'incantados' mas capazes de milagres diários. ...... Érica Neves
Como há ignorância na fé do popular? Se eles são dotados do poder da magia nesse transito de poder penso que os 'incatados' saboreiam com os ignorantes as belezas de um vapor que não corre mais pro mar

flor de ser-tão

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da minha bruta flor do meu interior fechado da cápsula que precede a delicadeza das pétalas eu preciso de mais água... não se engane com a cor vermelha eu não preciso da ignorância só por ser bruta me liberem da ignorância, mas não me tirem a alma eu não sou bruta na sua linguagem o 'bruta' construíram em mim pela caminhada mas não me escondo dentro da capsula e dos espinhos através deles apenas defendo da Echinopsis oxygona do interior fechado da cápsula que precede a delicadeza das pétalas Érica Neves (foto retirada da net)
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Eu quero mais tempo. Eu quero muito mais tempo do que o tempo pode me ofertar. Não preciso do tempo vago Eu necessito do tempo preenchido. Eu preciso despir a alma como se ela pudesse 'sobrevoar' o tempo Um tempo em que apenas o pensamento completaria a existência do momento E mundo poderia girar E o tempo poderia acontecer Pois assim, eu poderia viver a intensidade do tempo com o tempo. Érica Neves
O vento... Nos arrebata  Com o sabor de um toque  Não pede licença Apenas invade... Não é preciso ver Nem se manifestar O invisível nos toca  Nos remete a um estado sem definição Como dragão¹, ele não tem rumo e nem limite O vento simplesmente chega Devora E apavora a estabilidade da alma que não pretendia voar. Érica Neves ¹Ler Caio F. Abreu