Vamos viajar por esse rio São Francisco.
Rio que é gente – Velho Xico.
Ele é ancestral.
Ele nina e apóia em seus berços ‘Oxum’, ‘Mãe d’água’, ‘Nego d’água’, ‘Os Incantados’ de todas as raças.
As águas ninam e alimentam o povo.
Carrega a esperança do peixe.
Ele não tem dono, ele é dele próprio e assim de todos.
Seu Francisco é franco e as vezes bravo.
Carrega o povo para os ‘retiros’ e depois os recebe de volta.
Ele demonstra seu cansaço. Desgaste que vai se aumentando.
Ser pai cansa e além dos filhos que geram outros, novas famílias querem sua proteção.
Novas gerações.
Pra quem irá os reclames de um pai cansado?
Para as mães cansadas?
Quem é o apoio desse pai que já trabalhou tanto por seus filhos seculares?
Filhos estes que não são 'incantados' mas capazes de milagres diários.
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Érica Neves
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