Agreste dos sentidos


Aqui no Agreste dos sentidos
Em que a cartilha não ensina
A prática metamorfoseia-se sabedoria.
Carregaram água léguas
Entretanto persiste a sede
Poço significa esperança
Terra de caldeirões
Transita entre ‘Gurunga’ e ‘Caatinga’
Vive da força da areia que semeia cacto
Rezam por um poder que acreditam vir do povo...
Que povo?
O que é povo?
O desenvolvimento não mata a sede.
O poço vive
O sufixo 'idade' não caracteriza a identidade do Agreste
Antes significante sem narrativa
O símbolo não suporta significado
Que beleza é essa que a ‘seca sede’ revela-se samba de céu estrelado.


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